quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Excesso de peso dificulta a gravidez

 
A obesidade também aumenta o risco de morte materna
 
É muito difundida entre as mulheres, hoje, a necessidade de controlar o peso antes e durante a gravidez, para preservar a sua saúde e a do bebê.

Uma revisão de diversos estudos já feitos sobre o tema, publicada recentemente no jornal americano Nursing for Women's Health, mostra que os bebês de mulheres que engravidaram obesas correm mais risco de sofrer más formações, assim como de se tornarem obesos na vida adulta também.

Além disso, estas gestantes teriam mais chances de apresentar diabetes gestacional,
hipertensão, pré-eclâmpsia e hemorragia no pós-parto. O excesso de peso também potencializa alguns desconfortos comuns na gravidez, como dificuldades para respirar e andar.

Isso porque há um maior esforço cardiovascular para suportar os quilos a mais. O peso do abdômen também causa dores nas costas e nas pernas, aumentando a sensação de cansaço.
 
Risco para a mamãe e o bebê

A média do peso dos bebês de mulheres obesas é maior do que o normal, o que pode aumentar as complicações obstétricas durante o parto e, em consequência, a possibilidade de ocorrer uma cesárea.

A
obesidade também aumenta o risco de morte materna. No Reino Unido, por exemplo, estatísticas recentes mostram que metade das mulheres que faleceram por causa de doenças na gravidez ou no parto eram obesas.

Segundo o relatório, o risco é entre quatro e cinco vezes maior, tanto para a mãe quanto para a criança. Gestantes com excesso de peso têm maior probabilidade de dar à luz a bebês com peso acima da média.
 
Prevenção

Se a mulher está acima do peso e pretende engravidar, pode tomar uma medida preventiva neste sentido. Controlar o ganho de peso na gravidez é um ato de responsabilidade.

E, algumas vezes, isso não significa apenas manter uma dieta equilibrada. É preciso lembrar que a obesidade é multifatorial, ou seja, não tem apenas uma causa. Questões como herança genética, idade da mãe, condições sócioeconômicas (que interferem na qualidade da alimentação), alterações clínicas já existentes (diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas) e questões comportamentais (beber, fumar), além de condições climáticas, que alteram o funcionamento do metabolismo, também devem ser consideradas no tratamento do sobrepeso e obesidade.
 
Disfunção hormonal

O peso acima do ideal interfere também no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade. Se uma mulher tem gordura corporal em excesso, seu corpo também produz uma maior quantidade de estrógeno e começa a reagir como se estivesse controlando a reprodução, limitando as chances de gravidez.

Muitas mulheres enfrentam dificuldades para engravidar relacionadas aos problemas desencadeados pela obesidade, como o diabetes e a Síndrome dos Ovários Policísticos, que é outro exemplo de disfunção hormonal. A mulher que apresenta ovários policísticos produz uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos.

O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado com a ovulação. A testosterona produzida pela mulher interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação.


A recomendação geral para uma paciente obesa que deseja engravidar é a de que ela precisa primeiro tentar emagrecer. Às vezes, somente através da perda de peso, as dificuldades para engravidar podem ser revertidas, porque a obesidade gera uma resistência do organismo à insulina e essa resistência produz o aumento da produção de andrógenos, os hormônios masculinos.

De acordo com uma pesquisa da universidade de Harvard, essas crianças também correm mais risco de se tornar obesas na primeira infância.

Outro estudo dos Instituto Nacional de Saúde dos EUA mostra que a obesidade da mãe eleva em média 15% o risco de ter um bebê portador de problema no coração. Quanto maior a obesidade da mãe, maior o risco.
 
Fonte: Portal Minha Vida

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Veja seis alimentos que diminuem o colesterol

A prática regular de exercícios também ajuda a diminuir as taxas

 

O colesterol alto pode ser considerado o vilão de uma vida saudável. Taxas elevadas aumentam os riscos de desenvolver arterioesclerose, doença silenciosa que leva ao entupimento das artérias e pode culminar em infartos e até acidentes vasculares cerebrais (AVC).

 

De acordo com a nutróloga Liliane Oppermman, “é preciso investir em alimentos ricos em fibras, que têm a capacidade de absorver o colesterol. Recomenda-se o consumo de 30 gramas diárias de vegetais folhosos, frutas com casca cereais integrais são suficientes para evitar a elevação do colesterol e também ajudar a diminuir as taxas”. A seguir, saiba quais alimentos são mais eficazes na diminuição do colesterol:
 

Aveia
“A aveia é rica em um nutriente chamado betaglucana, capaz de regular a síntese (formação) de colesterol. As fibras solúveis presentes no alimento exercem uma importante função de carregar parte do colesterol no intestino, reduzindo sua absorção. Recomendo o consumo de duas colheres de sopa de farelo de aveia por dia”, diz a nutricionista Lucianna Jardim.

Chá mate

Segundo Lucianna Jardim, “o chá mate é rico em uma substância chamada saponina, que auxilia na redução da absorção do colesterol no intestino. Recomenda-se a ingestão de três xícaras de chá por dia”.

Romã
“O suco de romã possui substâncias antioxidantes, como flavonóides, ácidos fenólicos e ácido elágico. Estudos têm demonstrado efeitos benéficos sobre a pressão arterial, câncer e diminuição do colesterol ruim. Recomendamos fazer suco com as sementes de romã ou utilizar as sementes na salada”, explica a nutricionista. 

Salmão
Segundo Lucianna, “o ômega-3 presente no salmão auxilia na redução do colesterol ruim (LDL) e aumenta os níveis do colesterol bom e protetor do sistema cardiovascular (HDL). Recomendo a ingestão de 100 gramas por dia, seis vezes por semana”.

Cebola
“Além de temperar os pratos, a cebola alimento tem potencial antioxidante, que protege o sistema circulatório, regulando a pressão arterial. Também possui bom conteúdo de fibras, que auxiliam na redução do colesterol sanguíneo. Recomendamos consumir em torno de 100g por dia”, orienta a nutricionista.

Azeite de oliva extra virgem
“O azeite de oliva extra virgem é rico em gorduras monoinsaturadas que auxiliam na redução do colesterol total e ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL). O alimento também possui propriedades importantes para regular a pressão arterial e prevenir doenças cardiovasculares. A dose recomendada é de duas colheres de sopa de azeite extra virgem por dia”, explica a nutricionista Lucianna Jardim.

Dicas extras
Segundo Lucianna Jardim, “para prevenir o colesterol alto é preciso evitar o consumo de carne vermelha gorda, como picanha e cupim, leite integral, camarão, molhos gordurosos, doces e frituras em geral”. De acordo com a endocrinologista Carolina Mantelli, “a prática regular de exercícios físicos é comprovadamente eficaz na redução da taxa total e elevação do bom colesterol. Pratique, pelo menos, 30 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade moderada, de três a quatro vezes na semana”. A médica ressalta que, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos. 

Fonte: G1

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Balão Intragástrico pode ser uma boa opção para quem deseja perder peso, sem cirurgia.

Especialista garante que é preciso intervir antes que o obeso apresente doenças graves e possa ser submetido a um método bem menos invasivo que as cirurgias.
A obesidade, em ritmo crescente e acelerado tem deixado de ser uma questão apenas estética e se tornado um problema social e de saúde pública. Devido a essa nova realidade surge a cada dia no mercado soluções com promessas milagrosas, que vão desde dietas da moda, uso de medicamentos e até cirurgias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma epidemia da doença. Metade da população de 25% dos países mais industrializados, por exemplo, tem sobrepeso. Também, as crianças se tornam obesas. No Brasil, há mais pessoas obesas do que com peso excessivamente baixo.
O médico cirurgião, endoscopista e especialista em gastroenterologia Bruno Sander, lembra que a obesidade causa doenças como hipertensão arterial, irregularidade menstrual, diabetes, incontinência urinária, problemas cardiovasculares e outros problemas, podendo levar inclusive ao óbito. “O conceito atual, é que se intervenha antes que o obeso apresente as doenças citadas e possa ser submetido a um método bem menos invasivo que as cirurgias bariátricas”.
O que a maioria das pessoas desconhece é que no meio termo dessas alternativas existe a opção do uso do Balão Intragástrico, um procedimento médico, aprovado pela Anvisa, não cirúrgico.
De acordo com o especialista, o procedimento é rápido, com custo médico acessível e sem efeitos colaterais a médio e longo prazo. “Os resultados são quase tão eficazes quanto os apresentados pelos diversos tipos de cirurgias, mas sem as complicações e problemas posteriores. A maioria dos pacientes chega a perder, em média, de 06 a 08 quilos já no primeiro mês”, afirma.
Ele esclarece que o método é de rápida execução e feito no próprio consultório. “O paciente é sedado e via endoscopia é introduzido um balão de silicone no estômago, em poucos minutos é preenchido com soro fisiológico e azul de metileno. Ao ocupar boa parte do estômago da pessoa, gera uma saciedade precoce, promovendo o emagrecimento rápido, seguro, sem efeitos colaterais”, garante Sander.
Uma solução que aos poucos, por todos os benefícios apresentados tem chamado a atenção das pessoas. Após ter usado o Balão Intragástrico e ter alcançado o resultado que esperava, o médico acredita promover qualidade de vida aos seus pacientes. “Temos conseguido resultados espetaculares, com pacientes que chegam a perder mais de 50kg em seis meses de uso do Balão, mas o acompanhamento nutricional e psicológico são fundamentais”, ressalta.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dr. Bruno Sander fala sobre Balão Intragástrico na Revista BHNews

Na última semana, o Dr. Bruno Sander participou do programa Revista BHNews e tirou todas as dúvidas dos telespectadores sobre Balão Intragástrico, confira:
 
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Use a criatividade na cozinha e ganhe saciedade comendo menos

 
Dá para substituir o trigo por farinha de banana e até preparar maionese de abacate
 
Atingir a sensação de saciedade, escolhendo os alimentos certos e na quantidade ideal, é o maior segredo das dietas que funcionam - afinal, a dificuldade não está em matar a fome depois de comer um prato de feijoada ou um sanduíche repleto de queijos e molhos, mas sim de se sentir satisfeito mesmo após um prato leve e rico em nutrientes.

As fibras encabeçam o ranking dos alimentos que mais saciam, seguidas de proteínas, gorduras e carboidratos. "Mastigar bem os alimentos e montar pratos visualmente atraentes também contribuem para que o cérebro alcance a saciedade", afirma o nutricionista Israel Adolfo, especialista em nutrição esportiva. No caso especial das
fibras, vale lembrar que elas precisam ser mastigadas mais vezes e, ao formar um bolo durante a digestão, aceleram a liberação do hormônio da saciedade, o colecistocinina. Mas as dicas não param aí.

Existem truques eficientes também na hora do preparo dos alimentos e na decisão do que merece destaque na refeição. Se você quer montar um cardápio campeão na hora de matar a fome, sem calorias demais e sabor de menos, aproveite as dicas a seguir.

Cenoura no molho de tomate

Para tirar a acidez do molho de tomate, use uma cenoura crua ralada para substituir o açúcar. O nutrólogo da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), Roberto Navarro, explica que a cenoura é um legume rico em betacaroteno, que se converte em vitamina A e é ótimo para a visão. "O sabor adocicado deste legume permite que o molho de tomate fique ainda mais saudável", afirma. Além disso, as fibras da cenoura favorecem a sua digestão.                    

Macarrão de linhaça

Que tal trocar o macarrão de trigo refinado, que tem alto índice glicêmico, por macarrão de fibra de linhaça? Além de ser muito saboroso, proporciona mais saúde. O nutrólogo Roberto Navarro afirma que a fibra de linhaça diminui a velocidade de absorção de gordura pelo organismo. "A linhaça tem betaglucano, componente que regula a imunidade, protege contra o câncer de intestino e controla o colesterol", afirma. Para finalizar, o nutrólogo alerta que o trigo refinado estimula a liberação de insulina, hormônio relacionado à sensação de fome.

Bolo de banana verde

O bolo feito com amido de banana verde é mais uma opção para substituir o trigo refinado. O nutrólogo Roberto Navarro conta que o amido de banana verde tem absorção mais lenta e, assim, não estimula tanto a liberação de insulina. "É uma boa opção para quem está de dieta ou tem diabetes", diz. O produto pode ser encontrado em casas de produtos naturais.

Pele falsa do frango

Para fugir da gordura e do colesterol presentes na pele do frango, o ideal é retirá-la. E tem como fazer isso sem torcer o nariz porque a ave fica seca ou sem gosto. O frango permanece suculento se você pincelar a superfície com gemas de ovos. "O ovo é um alimento funcional e somente 30% do colesterol dele é absorvido pelo organismo, além de contar com dois antioxidantes, a luteína e a zeaxantina", afirma o nutrólogo Roberto Navarro.

Arroz de couve-flor

A parte branca da couve-flor pode substituir o arroz o branco. A nutricionista e personal diet da Nutri & Consult, Daniela Cyrulin, assegura que esse vegetal é rico em fibras e, por isso, proporciona a saciedade. O ideal é cozinhar a couve-flor no vapor até que ela fique al dente e, depois disso, picar o máximo possível ? para aumentar a semelhança com o arroz. Acrescente um pouco de manteiga se quiser.

Hambúrguer com cenoura e abobrinha

O hambúrguer feito com a adição de cenoura e abobrinha traz mais fibras e vitaminas, que estão ausentes na carne. "A cenoura tem betacaroteno e a abobrinha, potássio", explica a nutricionista Daniela Cyrulin. Então, acrescente abobrinha e cenoura raladas à carne de hambúrguer e, para dar liga use pão integral molhado na água ou no leite de amêndoa. Faça o hambúrguer grelhado ou no forno.

Maionese de abacate

A maionese de abacate é uma opção inusitada, saborosa e nutritiva. O nutricionista Roberto Navarro explica que o óleo de abacate possui gordura monossaturada e antioxidante, o glutationa - que, na natureza, só encontrado no abacate."Os antioxidantes previnem o envelhecimento das células, inclusive as cerebrais", diz o médico. A consultora Sueli Rutkowski, autora da receita e do livro Dicas Incríveis (Editora Master Books, 160 páginas) garante que o preparo é simples e idêntico ao da maionese comum. "Basta substituir o ovo por abacate e o óleo por uma quantidade bem menor de azeite", afirma.
 
Fonte: Portal Minha Vida

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cientistas descobrem os neurônios da obesidade

 
Pesquisadores descobrem tipo de célula nervosa produzida no hipotálamo que, em excesso, dificulta a perda de peso mesmo quando se faz dieta e se praticam exercícios físicos.
 
Dieta seguida à risca, exercícios físicos integrados à rotina, exames clínicos sem alterações e nada de perder os quilos extras. Nesse caso, o problema com a balança pode estar em um processo químico dentro da cabeça. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins University School, dos Estados Unidos, descobriram neurônios em uma parte do cérebro conhecida como hipotálamo – área associada a funções como o controle da temperatura e do sono – que têm relação com o excesso de peso.

Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que a capacidade do cérebro, mesmo em idade adulta, de produzir neurônios – processo chamado de neurogênese – ocorria em apenas duas áreas: no hipocampo, principal sede da memória, e no bulbo olfatório, responsável pelo cheiro. O início da descoberta de que células nervosas poderiam surgir no hipotálamo ocorreu em 2005. A partir dessa pesquisa e de outros estudos recentes, a equipe de Johns Hopkins se perguntou qual era a fonte e a função da neurogênese nessa região do cérebro. Aliaram o experimento ao fato, também comprovado em estudos anteriores, que animais que ingerem uma dieta muito calórica têm um risco significativamente alto de apresentar obesidade e síndrome metabólica quando adultos.

Os pesquisadores submeteram, então, camundongos a uma dieta calórica e começaram a procurar em uma parte particular do hipotálamo quantidade anormal de crescimento de células, o que evidenciaria a neurogênese. Enquanto as cobaias mais novas não mostraram alteração quando comparadas com camundongos que consumiam uma dieta normal, a produção de neurônios e células quadruplicou em adultos que comiam constantemente alimentos calóricos desde quando foram desmamados.

Quando a equipe de cientistas eliminou os novos neurônios produzidos no cérebro dos camundongos, os bichos ganharam menos peso e gordura se comparados aos animais que tiveram a mesma dieta e as novas células ativas, sugerindo, desse modo, que esses neurônios tinham um papel crítico na regulação do peso e no armazenamento de gordura.

“As pessoas pensam, tipicamente, que o crescimento de novos neurônios no cérebro é uma coisa boa, mas isso é apenas uma forma de o cérebro modificar comportamentos”, explica Seth Blackshaw, professor associado da universidade Johns Hopkins. Ele acrescenta que a neurogênese hipotalâmica é, provavelmente, um mecanismo que evoluiu para ajudar animais primitivos a sobreviver, incluindo os nossos ancestrais. “Os selvagens que encontraram uma fonte rica e abundante de alimento seriam predispostos a comer o máximo que eles conseguiam, já que esse cenário é escasso na natureza”, justifica.

Entretanto, Blackshaw explica que, no caso das cobaias, assim como para pessoas em cidades desenvolvidas, que têm acesso mais fácil à comida, esse processo de neurogênese não é necessariamente benéfico, pois poderia encorajar o ganho excessivo de peso e o estoque de gordura.

Novas técnicas

Segundo Monalisa Azevedo, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional do Distrito Federal (Sbem-DF), é possível que, no futuro, sejam desenvolvidas técnicas para a inibição da neurogênese hipotalâmica: “Se os dados obtidos puderem ser extrapolados para humanos, a descoberta será uma arma no tratamento contra a obesidade. Isso porque o estudo mostrou que a neurogênese hipotalâmica aumentada em camundongos leva a menor gasto energético, maior estocagem de gordura e ganho de peso”.

Apesar de considerar a pesquisa avançada e muito bem conduzida, o endocrinologista Mauro Sharf ressalta que os dados obtidos ainda “são preliminares e hipotéticos”. “O conteúdo apresentado é fruto de estudos em um grupo de camundongos. A condução no ser humano é prematura e sem aplicabilidade neste momento”, opina. Para ele, o passo que os cientistas devem dar para que a ideia seja concretizada em humanos é distante: “São necessárias comprovações semelhantes da descoberta na fisiologia humana e sua aplicabilidade nos pacientes obesos”.

A chefe do Serviço de Endocrinologia da Universidade de Brasília (UnB) Luciana Naves aponta vantagens do estudo. “Ele é interessante porque pretende compreender os mecanismo de neurogênese, que ainda é um desafio para a medicina”, considera.

O endocrinologista Walmir Coutinho destaca que o artigo ajuda a explicar casos de pacientes que, mesmo se esforçando, não conseguem perder peso.

“Há pessoas que procuram médicos para emagrecer, fazem exames hormonais que não indicam alterações e, ainda assim, não conseguem. Mas isso não é tão simples assim. Há transformações metabólicas acontecendo sempre e o artigo sugere um impacto dos neurônios na regulação de energia, que tem influência na capacidade de a pessoa emagrecer ou não.”
 
 
Fonte: Jornal Estado de Minas (Jun/2012)