sábado, 30 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Cirurgia bariátrica: prós e contras
Especialista tira todas
as dúvidas sobre o procedimento e explica quando o método deve ser indicado aos
pacientes
Na
última semana, o governo apresentou algumas medidas para combater a obesidade
no país. Entre elas a ampliação dos limites de idade para que
pacientes se submetam a cirurgias bariátricas (de redução de estômago) pelo
SUS. A idade mínima, que era de 18 anos, passou a ser de 16 anos, enquanto a
máxima, antes de 65 anos, foi ampliada para até 110 anos.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25
e 29,9 são consideradas com sobrepeso, já com IMC acima 30 são caracterizadas
com obesidade. O médico
gastroenterologista Bruno Sander, explica que quanto maior o IMC, maior
é o grau de obesidade e, consequentemente, o risco de doenças associadas, como
o diabetes, a apneia do sono, asma, hipertensão, cardiopatia, trombose venosa, infertilidade
e problemas articulares.
Segundo o especialista, o procedimento da
cirurgia bariátrica é indicado para pacientes com IMC maior
que 40 ou maior que 35, mas com pelo menos duas doenças de base associadas e
falha no tratamento convencional nos últimos cinco anos. “Quando bem indicada,
a cirurgia tem mostrado bons resultados, desde que o paciente faça uma
reeducação alimentar e altere seus hábitos de vida”, garantiu.
O médico esclarece que cada caso
deve ser avaliado individualmente já que todo procedimento cirúrgico oferece
riscos. “Trata-se de um método cirúrgico irreversível que pode levar à
deficiência de vitaminas e minerais, além de anemia crônica. Por ser uma
cirurgia ainda envolve todos os riscos operatórios e pós-operatórios”, alertou.
Além disso, Bruno lembra a
importância do acompanhamento nutricional e psicológico durante o tratamento. “A
reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos são essenciais para o
sucesso de qualquer método para a perda de peso. Já o acompanhamento
psicológico ajudará o paciente a "mudar a sua cabeça em relação à forma de
encarar a comida", ou seja, alterar as suas rotinas alimentares”, reforçou.
Antes de optar por qualquer
procedimento médico, Sander garante que a reeducação alimentar e o exercício
físico devem ser sempre a primeira escolha. Mas, em caso de falha neste
tratamento, ele indica o uso do Balão Intragástrico. “É um método 100%
endoscópico, portanto com poucos riscos e que tem demonstrado bons resultados
em pacientes com IMC maior que 27. Porém, como em qualquer método, é necessário
o comprometimento do paciente à dieta proposta e exercícios físicos para o
sucesso do mesmo”.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Governo gasta R$ 488 mi com tratamentos para obesidade
De acordo com pesquisa, a maior parte dos gastos foi com atendimento hospitalar
O Ministério da Saúde gasta anualmente R$ 488 milhões com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade, revela pesquisa feita pela Universidade de Brasília. Foram analisados dados de internação e de atendimento de média e alta complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças associadas, como problemas cardíacos, diabetes e cânceres.
De acordo com o trabalho, baseado em dados de 2011, a maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões. Para atendimento ambulatorial foram gastos R$ 199 milhões. "Esse é o momento de agir. Temos de adotar ações globais", disse o ministro Alexandre Padilha em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira em Brasília.
Fonte: Estadão
quarta-feira, 20 de março de 2013
sexta-feira, 15 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Governo lança campanha contra obesidade infantil nas escolas
Ministério da Saúde prevê que R$ 10 milhões serão investidos no projeto
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou nesta segunda-feira uma campanha de combate a obesidade infantil dentro das escolas. Segundo Padilha, o quadro brasileiro começa a ficar preocupante, já que uma em cada três crianças e dois em cada dez adolescentes estão acima do peso.
“Se a gente construir uma geração de crianças e adolescentes que gostam de fazer atividade física, se alimentar direito, aprendem o que é alimentação, vamos ter uma geração de adultos mais saudáveis com menor risco de chegar a geração de obesos”, disse Padilha durante o lançamento do programa, em uma escola na Vila Planalto, no Distrito Federal.
A campanha, que faz parte da Semana de Mobilização Saúde na Escola 2013, vai levar 13 mil equipes do Saúde da Família a mais de 30 mil escolas públicas em 2.300 municípios. A previsão do ministério é que R$ 10 milhões sejam investidos no projeto. Para estimular os municípios a chamar as equipes de saúde para dentro das escolas, o governo vai repassar para as prefeituras R$ 594,15 por cada equipe mobilizada.
“Saímos de 16 mil escolas em 2012 para 30 mil escolas neste ano. De 7 milhões de alunos, devemos pular para 14 milhões de alunos atendidos em todo o Brasil. Queremos ampliar ainda mais”, completou o ministro.
A preocupação do governo também é com o reflexo de hábitos alimentares na saúde das crianças dentro de casa. Segundo Padilha, conscientizar os alunos para mudar os hábitos também fora da escola diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde que atrapalham o desenvolvimento educacional, como dificuldade de dormir, dor na coluna, maior risco de cair, problemas nas articulações, além de diabetes e pressão alta.
Merenda
Nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.
Questionado se o programa prevê alguma alteração na merenda escolar, Padilha afirmou que são os municípios os responsáveis por comprar os alimentos oferecidos às crianças nas escolas. No entanto, continuou, há um diálogo constante entre os ministérios da Saúde e da Educação para atualizar a lista de recomendações que consta no portal do MEC e no do professor.
“O MEC faz uma recomendação, mas quem compra é o município. O governo recomenda que seja de qualidade. Para isso, a lista tem uma atualização permanente do perfil dos produtos que têm de ser comprados. Além disso, há programas específicos para dar aos professores orientações para a qualidade da merenda e também para fazer aulas de educação alimentar dentro de sala de aula”, explicou o ministro.
A campanha, que faz parte da Semana de Mobilização Saúde na Escola 2013, vai levar 13 mil equipes do Saúde da Família a mais de 30 mil escolas públicas em 2.300 municípios. A previsão do ministério é que R$ 10 milhões sejam investidos no projeto. Para estimular os municípios a chamar as equipes de saúde para dentro das escolas, o governo vai repassar para as prefeituras R$ 594,15 por cada equipe mobilizada.
“Saímos de 16 mil escolas em 2012 para 30 mil escolas neste ano. De 7 milhões de alunos, devemos pular para 14 milhões de alunos atendidos em todo o Brasil. Queremos ampliar ainda mais”, completou o ministro.
A preocupação do governo também é com o reflexo de hábitos alimentares na saúde das crianças dentro de casa. Segundo Padilha, conscientizar os alunos para mudar os hábitos também fora da escola diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde que atrapalham o desenvolvimento educacional, como dificuldade de dormir, dor na coluna, maior risco de cair, problemas nas articulações, além de diabetes e pressão alta.
Merenda
Nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.
Questionado se o programa prevê alguma alteração na merenda escolar, Padilha afirmou que são os municípios os responsáveis por comprar os alimentos oferecidos às crianças nas escolas. No entanto, continuou, há um diálogo constante entre os ministérios da Saúde e da Educação para atualizar a lista de recomendações que consta no portal do MEC e no do professor.
“O MEC faz uma recomendação, mas quem compra é o município. O governo recomenda que seja de qualidade. Para isso, a lista tem uma atualização permanente do perfil dos produtos que têm de ser comprados. Além disso, há programas específicos para dar aos professores orientações para a qualidade da merenda e também para fazer aulas de educação alimentar dentro de sala de aula”, explicou o ministro.
Fonte: Portal Terra
sexta-feira, 8 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Filho único ou mais novo tem tendência maior a obesidade
Pesquisa dinamarquesa aponta que filhos únicos e caçulas de quatro irmãos têm, respectivamente, 44% e 93% mais chances de serem obesos aos 13 anos
Ser filho único ou caçula pode aumentar as chances de obesidade. É o que indica um estudo realizado pelos hospitais Frederiksberg e Bispebjerg, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e publicado nessa quarta-feira no periódico Plos One. De acordo com o levantamento, filhos únicos e caçulas de quatro irmãos têm, respectivamente, 44% e 93% mais chances de serem obesos aos 13 anos.
A obesidade, já considerada um problema de saúde pública, é uma condição relacionada a diversos fatores: genéticos, sociais e de interação com o ambiente. Nesse âmbito, o ambiente familiar pode apresentar grande influência no desenvolvimento de obesidade em crianças e adultos jovens. A fim de analisar essa relação, o estudo dinamarquês utilizou dados de 29.327 crianças, 323 jovens obesos e 575 jovens da população geral.
O estudo mostrou que o fato de ser filho único aumentava significativamente as chances de essas pessoas se tornarem obesas na infância ou no início da vida adulta. Aos 13 anos de idade, as chances de os filhos únicos serem obesos eram 44% maiores, em relação a crianças com irmãos. Já aos 19 anos, as chances de obesidade eram 76% maiores. Ser caçula também aumenta consideravelmente o risco de obesidade: ser o mais jovem de quatro irmãos, por exemplo, aumenta em 93% o risco de obesidade aos 13 anos. Aos 19 anos, no entanto, essa relação não foi encontrada.
Causas — De acordo com os autores, ainda não estão disponíveis evidências que expliquem as causas dessa relação. No caso dos filhos mais novos, por exemplo, uma possível explicação é o fato de que as mães dessas crianças têm mais idade e frequentemente maior peso do que tinham durante a gestação dos outros irmãos — fatores de risco reconhecidos para a obesidade dos filhos. Comparando o segundo com o terceiro filho, no entanto, não foram encontradas diferenças significativas no risco de obesidade, o que seria esperado levando em conta a influência de idade e peso da mãe. Para os pesquisadores, essa diferença pode estar relacionada a fatores psicológicos e de estrutura familiar.
Fonte: Veja
sexta-feira, 1 de março de 2013
Proteína embrionária controla a fome
Composto orgânico presente no desenvolvimento fetal reduziu a vontade de comer quando injetado em ratos. Pesquisadores acreditam que a descoberta pode, no futuro, ajudar no desenvolvimento de terapias contra a obesidade em humanos
Controlar a alimentação é tarefa exaustiva para muitas pessoas. Dietas, medicamentos, exercícios físicos e vigilância constante do peso estão na lista de cuidados para manter a saúde e a estética. Mas, quando os cuidados falham apesar de seguidos à risca, o problema pode estar ligado ao aumento constante da vontade de comer. É o que aponta um estudo do Baylor College of Medicine em Houston, no Texas, e da Universidade Shiga de Ciência Médica em Otsu, no Japão. De acordo com relatório publicado na revista Nature Communications, algumas células da medula óssea ligadas a proteínas que regulam a ingestão alimentar podem sofrer alterações e estimular o apetite.
Lawrence Chan, líder da pesquisa, explica que as células surgem da medula óssea ainda no desenvolvimento embrionário e são ligadas a uma proteína chamada Brain Derived Neurotrophic Factor (BDNF). Elas são responsáveis por equilibrar o apetite no hipotálamo, região reguladora do cérebro. Lá, alojam-se e fazem com que haja a sensação de saciedade após a ingestão do alimento. “O que não se sabia era que essas proteínas também podem ser encontradas após a formação do feto, na idade adulta. Elas se encontram com algumas células no sangue e voltam para o hipotálamo, onde se amplificam, sofrem alterações e contribuem para o aumento da fome”, diz Chan, professor de biologia celular e molecular.
O endocrinologista Sérgio Venci esclarece que as células produzidas pela medula óssea podem viajar para diversas áreas do organismo. “São produzidas no que chamamos de tutano do osso e circulam pelo sangue em várias partes do corpo. Cada uma tem preferência por um determinado lugar a fim de formar as funções essenciais para a vida humana.” Para saber como ocorre esse processo, os médicos Hiroshi Urabe e Hideto Kojima, que participaram da pesquisa, usaram ratos de laboratório e constaram que as cobaias que nasceram sem a capacidade de produzir células sanguíneas com quantidade significativa de BDNF se tornaram obesas e desenvolveram resistência à insulina, o que afeta a capacidade de metabolizar a glicose.
Já na idade adulta, as cobaias ficaram cerca de 24 horas sem serem alimentadas e os estudiosos marcaram as proteínas com uma substância radioativa florescente. Para a surpresa, encontraram células produtoras de BDNF em uma parte do hipotálamo chamada núcleo paraventricular. “As proteínas de BDNF migraram via corrente sanguínea e, como tiveram contato com outras células no sangue, em vez de regularem a fome, estimularam a vontade de comer”, afirma Chan.
Para controlar os impulsos de fome gerados nos roedores, os pesquisadores injetaram as proteínas BDNF livres de alterações — as encontradas no processo de formação embrionária em uma parte do cérebro chamada terceiro ventrículo. Com a indução das proteínas normais, foi comprovado que os ratos deixaram de sentir a vontade exagerada por comida e emagreceram. “De uma forma geral, o estudo representa um novo mecanismo pelo qual as células derivadas da medula óssea controlam a alimentação por meio de BDNF e poderia fornecer um novo caminho contra obesidade”, acredita Chan. Segundo ele, o estudo é um importante passo para cruzar as barreiras entre o sangue e o cérebro. “Isso pode acelerar o desenvolvimento de novas terapias contra o sobrepeso, bem como síndromes de desregulação do apetite, como anorexia nervosa e bulimia”, acredita.
Outros fatores Coordenador do Serviço de Neurologia dos hospitais Santa Helena e Prontonorte, em Brasília, Claudio Carneiro explica que a descoberta mostra a capacidade das células de se regenerarem e como elas migram dentro do corpo. O especialista também acredita que a descoberta publicada na Nature Communications pode ser um prenúncio de uma nova alternativa para o controle do peso. “Pode ajudar em medicamentos que simulem a substância no organismo”, diz. Mas Carneiro chama a atenção para outros fatores que também estão envolvidos no aumento do apetite. “Além dos genéticos, há os orgânicos, como alterações de tireoide, que podem desencadear a obesidade.”
Professor da Universidade Federal de São Paulo no Departamento de Fisiologia, Ricardo Mario Arida esclarece que, na última década, estudos têm investigado os efeitos das proteínas BDNF e a atividade física. “Pesquisas nessa área têm demonstrado que o exercício físico aumenta os níveis circulantes de BDNF em humanos saudáveis”. Para ele, essa é uma das explicações que levam a considerar como o exercício contribui para a atividade cerebral.
Arida explica ainda que a prática de exercícios estimula as proteínas que, no cérebro, melhoram as conexões e as comunicações entre os neurônios. “As proteínas têm também a função de diferenciação e de sobrevivência das células nervosas. Elas estão relacionadas à plástica cerebral e facilitam a conectividade entre os neurônios, resultando em melhor aprendizado e bom humor. Pessoas com sintomas de depressão e de ansiedade podem ter os efeitos revertidos quando têm em abundância as proteínas BDNF", conclui.
Fonte: Estado de Minas
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