terça-feira, 12 de março de 2013

Governo lança campanha contra obesidade infantil nas escolas


Ministério da Saúde prevê que R$ 10 milhões serão investidos no projeto


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou nesta segunda-feira uma campanha de combate a obesidade infantil dentro das escolas. Segundo Padilha, o quadro brasileiro começa a ficar preocupante, já que uma em cada três crianças e dois em cada dez adolescentes estão acima do peso.
“Se a gente construir uma geração de crianças e adolescentes que gostam de fazer atividade física, se alimentar direito, aprendem o que é alimentação, vamos ter uma geração de adultos mais saudáveis com menor risco de chegar a geração de obesos”, disse Padilha durante o lançamento do programa, em uma escola na Vila Planalto, no Distrito Federal.

A campanha, que faz parte da Semana de Mobilização Saúde na Escola 2013, vai levar 13 mil equipes do Saúde da Família a mais de 30 mil escolas públicas em 2.300 municípios. A previsão do ministério é que R$ 10 milhões sejam investidos no projeto. Para estimular os municípios a chamar as equipes de saúde para dentro das escolas, o governo vai repassar para as prefeituras R$ 594,15 por cada equipe mobilizada.

“Saímos de 16 mil escolas em 2012 para 30 mil escolas neste ano. De 7 milhões de alunos, devemos pular para 14 milhões de alunos atendidos em todo o Brasil. Queremos ampliar ainda mais”, completou o ministro.

A preocupação do governo também é com o reflexo de hábitos alimentares na saúde das crianças dentro de casa. Segundo Padilha, conscientizar os alunos para mudar os hábitos também fora da escola diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde que atrapalham o desenvolvimento educacional, como dificuldade de dormir, dor na coluna, maior risco de cair, problemas nas articulações, além de diabetes e pressão alta.

Merenda
Nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.

Questionado se o programa prevê alguma alteração na merenda escolar, Padilha afirmou que são os municípios os responsáveis por comprar os alimentos oferecidos às crianças nas escolas. No entanto, continuou, há um diálogo constante entre os ministérios da Saúde e da Educação para atualizar a lista de recomendações que consta no portal do MEC e no do professor.

“O MEC faz uma recomendação, mas quem compra é o município. O governo recomenda que seja de qualidade. Para isso, a lista tem uma atualização permanente do perfil dos produtos que têm de ser comprados. Além disso, há programas específicos para dar aos professores orientações para a qualidade da merenda e também para fazer aulas de educação alimentar dentro de sala de aula”, explicou o ministro.
Fonte: Portal Terra

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