segunda-feira, 25 de março de 2013

Cirurgia bariátrica: prós e contras



Especialista tira todas as dúvidas sobre o procedimento e explica quando o método deve ser indicado aos pacientes

Na última semana, o governo apresentou algumas medidas para combater a obesidade no país. Entre elas a ampliação dos limites de idade para que pacientes se submetam a cirurgias bariátricas (de redução de estômago) pelo SUS. A idade mínima, que era de 18 anos, passou a ser de 16 anos, enquanto a máxima, antes de 65 anos, foi ampliada para até 110 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 29,9 são consideradas com sobrepeso, já com IMC acima 30 são caracterizadas com obesidade. O médico gastroenterologista Bruno Sander, explica que quanto maior o IMC, maior é o grau de obesidade e, consequentemente, o risco de doenças associadas, como o diabetes, a apneia do sono, asma, hipertensão, cardiopatia, trombose venosa, infertilidade e problemas articulares.
       
         Segundo o especialista, o procedimento da cirurgia bariátrica é indicado para pacientes com IMC maior que 40 ou maior que 35, mas com pelo menos duas doenças de base associadas e falha no tratamento convencional nos últimos cinco anos. “Quando bem indicada, a cirurgia tem mostrado bons resultados, desde que o paciente faça uma reeducação alimentar e altere seus hábitos de vida”, garantiu.

O médico esclarece que cada caso deve ser avaliado individualmente já que todo procedimento cirúrgico oferece riscos. “Trata-se de um método cirúrgico irreversível que pode levar à deficiência de vitaminas e minerais, além de anemia crônica. Por ser uma cirurgia ainda envolve todos os riscos operatórios e pós-operatórios”, alertou.

Além disso, Bruno lembra a importância do acompanhamento nutricional e psicológico durante o tratamento. “A reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos são essenciais para o sucesso de qualquer método para a perda de peso. Já o acompanhamento psicológico ajudará o paciente a "mudar a sua cabeça em relação à forma de encarar a comida", ou seja, alterar as suas rotinas alimentares”, reforçou.

Antes de optar por qualquer procedimento médico, Sander garante que a reeducação alimentar e o exercício físico devem ser sempre a primeira escolha. Mas, em caso de falha neste tratamento, ele indica o uso do Balão Intragástrico. “É um método 100% endoscópico, portanto com poucos riscos e que tem demonstrado bons resultados em pacientes com IMC maior que 27. Porém, como em qualquer método, é necessário o comprometimento do paciente à dieta proposta e exercícios físicos para o sucesso do mesmo”.

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