Especialista tira todas
as dúvidas sobre o procedimento e explica quando o método deve ser indicado aos
pacientes
Na
última semana, o governo apresentou algumas medidas para combater a obesidade
no país. Entre elas a ampliação dos limites de idade para que
pacientes se submetam a cirurgias bariátricas (de redução de estômago) pelo
SUS. A idade mínima, que era de 18 anos, passou a ser de 16 anos, enquanto a
máxima, antes de 65 anos, foi ampliada para até 110 anos.
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25
e 29,9 são consideradas com sobrepeso, já com IMC acima 30 são caracterizadas
com obesidade. O médico
gastroenterologista Bruno Sander, explica que quanto maior o IMC, maior
é o grau de obesidade e, consequentemente, o risco de doenças associadas, como
o diabetes, a apneia do sono, asma, hipertensão, cardiopatia, trombose venosa, infertilidade
e problemas articulares.
Segundo o especialista, o procedimento da
cirurgia bariátrica é indicado para pacientes com IMC maior
que 40 ou maior que 35, mas com pelo menos duas doenças de base associadas e
falha no tratamento convencional nos últimos cinco anos. “Quando bem indicada,
a cirurgia tem mostrado bons resultados, desde que o paciente faça uma
reeducação alimentar e altere seus hábitos de vida”, garantiu.
O médico esclarece que cada caso
deve ser avaliado individualmente já que todo procedimento cirúrgico oferece
riscos. “Trata-se de um método cirúrgico irreversível que pode levar à
deficiência de vitaminas e minerais, além de anemia crônica. Por ser uma
cirurgia ainda envolve todos os riscos operatórios e pós-operatórios”, alertou.
Além disso, Bruno lembra a
importância do acompanhamento nutricional e psicológico durante o tratamento. “A
reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos são essenciais para o
sucesso de qualquer método para a perda de peso. Já o acompanhamento
psicológico ajudará o paciente a "mudar a sua cabeça em relação à forma de
encarar a comida", ou seja, alterar as suas rotinas alimentares”, reforçou.
Antes de optar por qualquer
procedimento médico, Sander garante que a reeducação alimentar e o exercício
físico devem ser sempre a primeira escolha. Mas, em caso de falha neste
tratamento, ele indica o uso do Balão Intragástrico. “É um método 100%
endoscópico, portanto com poucos riscos e que tem demonstrado bons resultados
em pacientes com IMC maior que 27. Porém, como em qualquer método, é necessário
o comprometimento do paciente à dieta proposta e exercícios físicos para o
sucesso do mesmo”.
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