quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Maus hábitos durante o Carnaval influenciam no ganho de peso, saiba como evitá-los

Noites mal dormidas, má alimentação e consumo exagerado de bebidas alcoólicas podem colocar a dieta por água abaixo

 
A falta de rotina nos dias de Carnaval, aliada a um sono inadequado, má alimentação e a ingestão de bebidas alcoólicas influenciam no ganho de peso e podem colocar a dieta do ano inteiro por água abaixo. Segundo o médico gastroenterologista Bruno Sander, especialista em tratamento para a obesidade, é preciso evitar os exageros, principalmente com o consumo de álcool. “Tenha cuidado com as tentações calóricas, como os coquetéis regados com muito leite condensado”, orientou.
De acordo com o médico, o consumo de bebidas alcoólicas interfere diretamente no ganho de peso devido à quantidade calórica que essas substâncias possuem, juntamente com os efeitos que provocam no metabolismo. “Se formos comparar, o álcool fornece 7 kcal/g de energia, superando os carboidratos e proteínas, que geram 4 kcal/g e perde apenas para as 9 kcal/g da gordura”.
Ele explica ainda que o corpo humano reconhece o álcool como uma toxina, assim, prioriza a sua eliminação e deixa em segundo plano a queima dos carboidratos e proteínas, que são os combustíveis do organismo. “Por isso, quanto maior o consumo de bebidas alcoólicas, menos gordura é queimada e mais os alimentos são armazenados como fontes de energia”.
A importância da hidratação e cuidados com a alimentação
O especialista afirma que é fundamental manter a hidratação do corpo e fazer uma desintoxicação através alimentos leves e desintoxicantes. “O consumo de água e isotônicos neste período de festa, ajudam a minimizar os efeitos colaterais dos exageros, principalmente da bebida alcoólica. Muitos acham que o álcool hidrata, mas é justamente o contrário. Ele aumenta a quantidade de urina produzida pelo organismo, causando uma maior eliminação de líquidos e consequentemente levando a desidratação”.
Ele ressalta que durante o Carnaval deve-se priorizar a ingestão de alimentos de fácil digestão e que dão energia, como carboidratos, frutas e vegetais. “Evite comidas requentadas, maionese, conservas, frutos do mar e alimentos vendidos na beira da praia. É preciso ficar atento também às condições de higiene dos estabelecimentos, como restaurantes e lanchonetes, para evitar uma intoxicação alimentar”.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Destaque do mês: Paciente muda os hábitos com o uso do Balão Intragástrico e consegue atingir o peso ideal

 
No último mês, a cabelereira Ana Carolina de Oliveira, hoje, com 37 anos, finalizou seu tratamento para a perda de peso com o uso do Balão Intragástrico, com um resultado surpreendente. Quando iniciou a terapia em julho de 2013, ela estava com 99 kg e pretendia eliminar 23. Com apenas quatro meses, Ana já tinha perdido 20 kg e precisou rever a sua meta. “Devido a minha altura, fiquei muito magra e abatida com 20 kg a menos e juntamente com a minha nutricionista chegamos a conclusão que perder 17 kg seria o ideal no meu caso”.

Mesmo depois que retirou o balão, no final de janeiro deste ano, Carolina continuou perdendo peso, graças às mudanças de hábitos que teve com a terapia. “Desde que encerrei o tratamento perdi mais 1,5 kg, devido à prática de atividades físicas. Faço corrida e musculação duas vezes por semana e treino aeróbico diariamente. Além disso, mantenho meu acompanhamento nutricional”, contou.

O ritmo acelerado de trabalho, o stress e a ansiedade fizeram com que a cabeleireira ganhasse alguns quilos a mais nos últimos anos. Ela ficou conhecendo o método por meio de outra paciente que teve excelentes resultados com o tratamento. “Eu precisava de uma alternativa e um incentivo para mudar meus hábitos, sair do sedentarismo e fazer uma reeducação alimentar e o balão ajudou muito”.

Ana conta ainda, que sempre buscou os melhores profissionais e que não teve nenhuma dificuldade com o método. “Meu organismo teve uma ótima adaptação ao balão desde o início do tratamento e não tive mal estar. Estou muito feliz com os meus resultados, foi o que eu esperava”, afirmou.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Novo Balão Gástrico é lançado na Inglaterra e gera polêmica pelos riscos que oferece aos pacientes


Especialista esclarece todas as dúvidas sobre este novo modelo e aponta várias desvantagens em relação ao atual balão

DR. BRUNO SANDER (CRM 41.490)
Nas últimas semanas foi lançado e começou a ser usado na Grã-Bretanha um novo modelo do Balão Intragástrico, desta vez deglutível, para perda de peso. Ele parte do mesmo princípio do balão até então usado, de ocupar parte da área de reserva do alimento, dentro do estômago, induzindo o paciente a ingerir uma quantidade menor, o que ajudaria no processo de emagrecimento.
O novo balão é engolido e quando chega ao estômago é inflado por um tubo muito fino, que depois é recolhido pelo médico. O procedimento dura 15 minutos e cada paciente pode receber até três balões durante o tratamento. Três meses depois, eles são desinflados e retirados em uma endoscopia.
Riscos e desvantagens
Porém, o médico gastroenterologista Bruno Sander, especialista em tratamento para obesidade com uso do Balão Intragástrico e diretor clínico da Clínica Sander, em Belo Horizonte, alerta que existem alguns fatores importantes que devem ser considerados. “Este novo balão, por ser engolido, sem um acompanhamento endoscópico, pode ficar impactado no esôfago e, se isso acontecer e o mesmo for insuflado, pode haver o rompimento do órgão e levar o paciente a óbito”.
Outro ponto ressaltado pelo médico é sobre o preenchimento do balão. “Ele é preenchido com ar e se ocorrer o rompimento o paciente não tem como saber que aconteceu e o balão pode migrar para o intestino, levando a sua obstrução. E para corrigir o quadro é necessário removê-lo por cirúrgica. Se ele não for removido e houver obstrução intestinal, pode levar também ao óbito do paciente”.
O especialista lembra que o atual balão é preenchido com soro e um corante azul, para caso ocorra o rompimento desse, o corante seja absorvido e eliminado na urina. “Desta forma o paciente tem como saber que houve o rompimento e procurar o médico para retirá-lo por endoscópica, antes que ele migre para o intestino e possa obstruí-lo”.
Mais uma desvantagem apontada por Sander, em relação à colocação do novo balão, é que sem a realização de um exame endoscópico durante a introdução no estômago “se houver qualquer complicação, como um simples engasgo com obstrução de vias aéreas, pode não haver tempo hábil para reverter o quadro gerando muitos riscos ao paciente”, afirmou.
Resultado
Além dos aspectos citados anteriormente, o volume máximo que o novo balão comporta é de 300 ml, enquanto o tradicional chega a até 700 ml, aumentando as chances de um resultado melhor. “Isto geraria uma saciedade bem menor e, talvez, a perda de peso não seja tão eficiente quando comparada a do balão atual”, completou Bruno.
O tratamento, disponível na Inglaterra, ainda não foi aprovado pela agência que controla remédios e alimentos dos Estados Unidos e seu uso também não foi liberado no Brasil. Por isso, o médico reforça que por ser recém-lançado e ainda não aprovado por alguns países, o novo método deve ser visto com muito cuidado e cautela.