sábado, 29 de setembro de 2012

Cirurgia Bariátrica

 
A cirurgia de redução do estômago, procedimento adotado em casos de obesidade mórbida, não resolve sozinha o problema de excesso de peso. Se não houver uma mudança rigorosa nos hábitos alimentares, a operação pode pouco valer, de acordo com estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O grupo coordenado pela nutricionista Maria Rita Marques de Oliveira analisou o padrão de consumo de alimentos relatado por 141 mulheres que haviam passado por uma cirurgia de redução do estômago entre dois anos e sete anos antes da pesquisa. Dos 141 casos estudados, 81foram considerados bem-sucedidos, com perda de mais da metade do peso excedente. Essas mulheres ingeriam cerca de 20% menos energia do que o organismo normalmente necessita. As outras 60 mulheres, cuja operação não produziu resultados tão animadores, consumiam apenas 10% menos calorias do que o necessário.
Outra diferença importante: a dieta das que emagreceram menos continha mais gorduras e menos nutrientes essenciais (folato, vitaminas C e E) do que a das que perderam mais peso (Nutrition Research, maio de 2012). Segundo o estudo, a carência de nutrientes observada nas pessoas submetidas à cirurgia parece depender tanto da qualidade dos alimentos como da redução do trato digestivo, uma vez que as mulheres que emagreceram mais ingeriam um nível mais adequado de nutrientes.
Resumindo: nenhum método, por si só, sem o comprometimento total do paciente é eficaz, nem mesmo a Cirurgia bariatrica.
REDAÇÃO | Edição 196 - Junho de 2012
© DANIEL BUENO

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Balão Intragástrico: opção rápida e segura para a perda de peso, sem cirurgia!

 
Especialista esclarece todas as dúvidas sobre o procedimento e fala dos seus benefícios
 
A colocação de um balão de silicone no estômago, para ajudar no emagrecimento, ainda é uma técnica pouco conhecida. Porém, de acordo com especialistas, pode ser uma boa alternativa para quem não teve sucesso com dietas, atividade física e remédios.
 
Quem está acima do peso e deseja emagrecer, com certeza já tentou inúmeras maneiras visando obter sucesso, desde dietas das mais diversas e mirabolantes, como inscrições na academia várias vezes, sem esquecer, claro, os remédios e as fórmulas milagrosas que, no entanto, só trouxeram desencanto e quilos extras. Qualquer novidade na área soa como a salvação para mandar o excesso de peso para a lata do lixo. A notícia ruim é que, infelizmente, na realidade não é bem assim que as coisas acontecem.

 
De acordo com o Dr. Bruno Sander, Cirurgião Geral e especialista em Gastroenterologia clínica e endoscopia, geralmente quem está acima do peso até consegue eliminar o excesso em algum momento. O problema é que o que se perde em volume volta com muita facilidade. "Estudos já publicados mostram que 90% dos pacientes, que foram acompanhados com dieta, exercícios e remédios, recuperaram 100% da gordura perdida já no primeiro ano após o emagrecimento", adverte.

 
É na contramão dessa triste realidade que chegou ao Brasil, em 2000, a técnica do Balão Intragástrico. "A nossa intenção é facilitar o emagrecimento de quem já tentou tudo para combater o sobrepeso e não conseguiu. Ele ocupa até 60% do volume do estômago, o que reduz bastante a vontade de comer", afirma o especialista.

 
Embora o procedimento responda por apenas 4 mil das 30 mil cirurgias bariátricas realizadas anualmente no Brasil, em média, ele é indicado para uma boa parcela da população, cerca de 30%, considerada com sobrepeso. “Outra vantagem do balão é criar condições que facilitem o emagrecimento para quem, por exemplo, precisa perder alguns quilos antes de se submeter a uma cirurgia bariátrica", explica o médico.

 
"Temos acompanhado pacientes que fizeram o procedimento há cinco anos e chegamos à conclusão de que, um ano depois de retirar o balão, eles recuperam no máximo 12% dos quilos eliminados. Isso pode ser minimizado se o paciente tiver um acompanhamento médico, nutricional e psicológico", afirma Sander.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Obesidade no início da vida aumenta risco de câncer de mama

 
Fator explicaria casos em pessoas com baixos níveis de hormônio sexual.
Experiência com camundongos mostrou consequência da obesidade.
 
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (17) mostra como a obesidade, especialmente no começo da vida, pode levar ao desenvolvimento do câncer de mama no futuro.
 
A descoberta é importante porque vem a se somar à questão hormonal. Até o momento, o nível de estrógeno, hormônio sexual feminino produzido nos ovários, era considerado o principal fator relacionado ao crescimento das mamas.
 
A comprovação de que a dieta também influi no desenvolvimento dos seios pode ajudar a explicar também os mecanismos por trás do câncer de mama. Segundo os autores, isso vale principalmente para os casos que ocorrem antes da puberdade ou depois da menopausa, quando o nível de estrógeno no corpo da mulher é baixo.
 
No estudo, os especialistas da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, alimentaram camundongos desde o nascimento com um tipo de gordura que simula os efeitos da chamada síndrome metabólica.
 
A síndrome metabólica é um conjunto de fatores ligados à obesidade – como o risco de surgimento de doenças cardiovasculares e da diabetes tipo 2 –, que afetam o funcionamento dos hormônios. Por essa relação com a obesidade, essa síndrome tem ligação estreita com a alimentação.
 
Mesmo sem estrógeno, os camundongos – tanto machos quanto fêmeas com o hormônio bloqueado – desenvolveram mamas maiores apenas por causa da alimentação que tiveram no início da vida.
 
Além de participar do aumento das mamas, em si, o processo levou à formação de tumores em alguns dos camundongos. Em diferentes tipos de animais, os resultados variaram, o que levou os pesquisadores à conclusão de que fatores genéticos também podem afetar a forma como a síndrome afeta as mamas em cada pessoa.

Os resultados foram publicados pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências.
 

Fonte: G1

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Obesos ativos são tão saudáveis quanto magros, diz estudo

 
 
Os pesquisadores, que observaram mais de 43 mil pessoas durante 15 anos, chegaram à conclusão de que entre os participantes obesos, de 30 a 40% eram saudáveis
 
Granada - Um estudo da Universidade de Granada mostra que algumas pessoas obesas que se exercitam regularmente têm o metabolismo saudável e seu risco de mortalidade por conta de doenças cardiovasculares ou câncer são os mesmos que os de uma pessoa com peso ideal.
 
O responsável pela pesquisa é Francisco Ortega, docente em Educação Física e Esportiva na Universidade de Granada e na área de Biociências e Nutrição do Instituto Karolinska da Suécia. A pesquisa foi publicada pela revista "European Heart Journal".
 
Segundo Ortega, é conhecido que a obesidade está ligada a numerosas doenças cardiovasculares, mas parece existir um "subgrupo" entre as pessoas que estão acima do peso que não sofre as complicações metabólicas próprias da obesidade.
 
Este estudo foi realizado durante uma das visitas do professor à Universidade da Carolina do Sul, ao lado do professor Steven Blair, um dos pesquisadores mais prestigiados em temas relacionados a exercício, condição física e saúde.
 
Blair é o pesquisador responsável pelo "Aerobics Center Longitudinal Study", um estudo que é derivado desta pesquisa.
 
Os pesquisadores, que observaram mais de 43 mil pessoas durante 15 anos, chegaram à conclusão de que entre os participantes obesos, de 30 a 40% eram metabolicamente saudáveis.
 
"As pessoas metabolicamente saudáveis, mas obesas, têm um menor risco de mortalidade por doenças cardiovasculares ou câncer do que o resto de pessoas obesas e, além disso, correm um risco similar às pessoas com peso normal", segundo Ortega.
 
Portanto, independentemente do peso corporal e gordura, as pessoas com melhor capacidade cardiorrespiratória "têm um menor risco de doença e mortalidade", disse Ortega.
 
 
Fonte: Revista Exame

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Obesidade é responsável por 30% dos casos de câncer


 
Estudo aponta que ação dos hormônio eleva riscos de células doentes se formarem
 
A obesidade é fator de risco para uma série de problemas de saúde desde doenças cardiovasculares, diabetes, derrame, hipertensão e até apneia. Porém, a obesidade também é ligada à incidência de câncer. Cerca de 30% dos casos de câncer, em países ocidentais, são resultado de má alimentação e sedentarismo. É o que mostra uma pesquisa recente feita pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC). Isso porque uma pessoa obesa possui maior quantidade de hormônios, quando comparada com pessoas que estão no peso ideal. Essa quantidade adicional de hormônios favorece a duplicação mais rápida das células e, nesse processo, as chances de uma célula doente se formar, e se multiplicar, é ainda maior.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de um terço dos casos de câncer no mundo podem ser relacionados à obesidade. De acordo com a pesquisa, no Brasil, 13% dos adultos brasileiros são obesos e 43,3% dos adultos está acima do peso considerado normal. Segundo Expedito Ribeiro, cardiologista, os hábitos devem ser revistos para que o excesso de peso não apareça. "É preciso comer menos, não engordar, fazer exercício e fazer avaliação clínica periódica que leve a diagnóstico precoce", diz.

 

Causas da obesidade

A obesidade é uma doença complexa. Não existe uma única causa ou cura. Você ganha peso quando você ingere mais calorias do que queima. Mas a obesidade é influenciada por muitos outros fatores como: histórico familiar, o tipo de trabalho que faz, a raça e o ambiente.

Comer demais é muito fácil nos dias de hoje. As porções de fast-food e restaurantes são muito grandes, ao ponto que uma refeição é capaz de lhe dar calorias suficientes para o dia inteiro. A comida também é um foco de atividades sociais. Unir familiares e amigos sempre está relacionado à comidas. E comer também pode ser acolhedor quando você está estressado ou deprimido.

Além disso, as pessoas estão menos ativas. Algumas pessoas odeiam fazer exercícios e outras simplesmente não têm tempo. Muitos aparelhos que usamos também reduzem a atividade diária: elevador, controle remoto, carro, etc. Mesmo pequenas mudanças, como passear com o cachorro, podem fazer diferença. Andar com o cachorro por meia hora queima 125 calorias. Lavar o carro, 300 calorias. Outras coisas que podem afetar seu peso são o histórico familiar e a genética. Se um dos seus pais é obeso, você tem três vezes mais tendência a se tornar obeso do que pessoas com pais no peso certo. Os hábitos alimentares de sua família e de seus amigos também podem influenciar no seu peso. Outras coisas também podem ajudar no ganho de peso:

Baixa auto-estima: estar acima do peso pode baixar sua auto-estima e levar você a comer como um jeito de se sentir mais confortável. Falhar várias vezes com as dietas também pode trazer problemas, tornando mais difícil perder peso.


Preocupações emocionais
: estresse, ansiedade ou doenças como a depressão ou a síndrome do pânico levam as pessoas a comer mais. Alguns comem para se acalmar, para evitar lidar com o problema ou para amortecer emoções negativas.

Trauma: eventos traumáticos, como abuso sexual, físico ou emocional; a perda de um ente da família ou problemas no casamento podem contribuir para você comer mais

Álcool: bebidas alcoólicas possuem uma quantidade muito grande de calorias. Além disso, podem fazer você ganhar mais peso ao redor do estômago

Remédios: alguns medicamentos e até doenças podem levar ao ganho de peso. São exemplos a Síndrome de Cushing e o hipotireoidismo. Ou tomar antidepressivos e corticóides.
 
Riscos da obesidade
A forma como a obesidade pode afetar sua saúde depende de várias fatores, como sua idade, sexo, a quantidade de gordura do corpo e o quão ativo você é. Por exemplo, se você já tem uma idade avançada, mas pratica exercícios físicos regularmente, tem um risco menor de desenvolver doenças relacionadas ao peso do que jovens sedentários.
 
 
Fonte: Portal Minha Vida

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Crianças com obesidade são mais propensas ao isolamento social

 
 
Elas sofrem rejeições e podem ter problemas para fazer amigos
 
A obesidade aumenta as chances de uma criança ser socialmente isolada na escola, segundo uma pesquisa da University of Adelaide's Women's and Children's Hospital, na Austrália.

O estudo analisou mais de 3.300 estudantes australianos por quatro anos - desde a pré-escola. As famílias foram recrutadas em 2004 e analisadas novamente em 2008. Durante esse tempo, foram tiradas medidas de altura e peso das crianças.

Cuidadores primários (que podem ser pais, avós ou quem tiver mais contato com a criança) foram entrevistados sobre detalhes da vida da criança. Pais e professores ainda foram convidados a preencher um questionário adicional, que fez um balanço dos problemas de saúde mental e da qualidade de vida dos pequenos.

Aos quatro e cinco anos de idade, 13% dos meninos e 16% das e meninas estavam com sobrepeso e aproximadamente 5% de ambos os sexos eram obesos.

Os pesquisadores descobriram que essas crianças com obesidade, quando comparadas aos seus colegas de classe de mesma idade e peso normal, eram 20% mais propícias a ter dificuldades de relacionamento aos oito e nove anos.

As dificuldades relatadas pelos pais e professores incluem provocações, rejeições, problemas em fazer amigos e não ser incluído em atividades sociais, como festas de aniversário. Vale ressaltar que essas dificuldades só foram encontradas quando as crianças já estavam na faixa dos oito e nove anos, sendo que o fenômeno não foi observado naqueles em idade pré-escolar.