terça-feira, 18 de setembro de 2012

Obesidade no início da vida aumenta risco de câncer de mama

 
Fator explicaria casos em pessoas com baixos níveis de hormônio sexual.
Experiência com camundongos mostrou consequência da obesidade.
 
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (17) mostra como a obesidade, especialmente no começo da vida, pode levar ao desenvolvimento do câncer de mama no futuro.
 
A descoberta é importante porque vem a se somar à questão hormonal. Até o momento, o nível de estrógeno, hormônio sexual feminino produzido nos ovários, era considerado o principal fator relacionado ao crescimento das mamas.
 
A comprovação de que a dieta também influi no desenvolvimento dos seios pode ajudar a explicar também os mecanismos por trás do câncer de mama. Segundo os autores, isso vale principalmente para os casos que ocorrem antes da puberdade ou depois da menopausa, quando o nível de estrógeno no corpo da mulher é baixo.
 
No estudo, os especialistas da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, alimentaram camundongos desde o nascimento com um tipo de gordura que simula os efeitos da chamada síndrome metabólica.
 
A síndrome metabólica é um conjunto de fatores ligados à obesidade – como o risco de surgimento de doenças cardiovasculares e da diabetes tipo 2 –, que afetam o funcionamento dos hormônios. Por essa relação com a obesidade, essa síndrome tem ligação estreita com a alimentação.
 
Mesmo sem estrógeno, os camundongos – tanto machos quanto fêmeas com o hormônio bloqueado – desenvolveram mamas maiores apenas por causa da alimentação que tiveram no início da vida.
 
Além de participar do aumento das mamas, em si, o processo levou à formação de tumores em alguns dos camundongos. Em diferentes tipos de animais, os resultados variaram, o que levou os pesquisadores à conclusão de que fatores genéticos também podem afetar a forma como a síndrome afeta as mamas em cada pessoa.

Os resultados foram publicados pela “PNAS”, revista da Academia Americana de Ciências.
 

Fonte: G1

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