A cirurgia de
redução do estômago, procedimento adotado em casos de obesidade mórbida, não
resolve sozinha o problema de excesso de peso. Se não houver uma mudança
rigorosa nos hábitos alimentares, a operação pode pouco valer, de acordo com
estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O grupo
coordenado pela nutricionista Maria Rita Marques de Oliveira analisou o padrão
de consumo de alimentos relatado por 141 mulheres que haviam passado por uma
cirurgia de redução do estômago entre dois anos e sete anos antes da pesquisa.
Dos 141 casos estudados, 81foram considerados bem-sucedidos, com perda de mais
da metade do peso excedente. Essas mulheres ingeriam cerca de 20% menos energia
do que o organismo normalmente necessita. As outras 60 mulheres, cuja operação
não produziu resultados tão animadores, consumiam apenas 10% menos calorias do
que
o
necessário.
Outra diferença importante: a dieta das que emagreceram menos
continha mais gorduras e menos nutrientes essenciais (folato, vitaminas C e E)
do que a das que perderam mais peso (Nutrition Research, maio de 2012).
Segundo o estudo, a carência de
nutrientes observada nas pessoas submetidas à cirurgia parece depender tanto da
qualidade dos alimentos como da redução do trato digestivo, uma vez que as
mulheres que emagreceram mais ingeriam um nível mais adequado de nutrientes.
Resumindo: nenhum método, por si só, sem o comprometimento total do paciente é
eficaz, nem mesmo a Cirurgia bariatrica.
REDAÇÃO | Edição 196 - Junho de 2012
© DANIEL BUENO
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